Nosso equilíbrio é conseguido por meio da interação entre o labirinto (ouvido interno), a visão e a propriocepção (capacidade de sabermos onde cada segmento do nosso corpo está no espaço).

Várias são as causas de tontura originada no labirinto, como alterações alimentares e metabólicas (excesso de cafeína, jejum prolongado, alterações de glicemia, insulina e da tireoide), aumento da pressão do líquido do labirinto, enxaqueca e o deslocamento de cristais que existem dentro da orelha interna.

As labirintopatias (doenças do labirinto) podem ocorrer durante toda a vida, inclusive durante a infância, mas principalmente depois dos 40 anos, predominando nas mulheres. Além de tontura, o paciente também pode se queixar de alterações da audição, como sensação de pressão na orelha, zumbido e até perda de audição.

Agenda sua avaliação com Dr. Patrick Burke, especialista em problemas do labirinto (Otoneurologia) pela Universidade Federal de São Paulo.

Pessoas com VPPB (vertigem posicional paroxística benigna) apresentam tontura ao assumir certas posições, como levantar ou abaixar a cabeça, como quando se olha para cima ou para baixo, assim como ao se deitar ou sentar na cama.

Normalmente a tontura dura menos de 1 minuto e pode vir acompanhada por náuseas e vômitos.

Em geral, o paciente não tem queixas de ouvido, como zumbido ou sensação de pressão nos ouvidos, juntos à tontura.

Sabe-se que 50% dos casos de VPPB (vertigem posicional paroxística beninga)  não têm causa definida, mas os outros 50% sim.

. Um trauma da cabeça, não necessariamente de grande intensidade.
. Alterações do metabolismo do açúcar (aumento ou diminuição) e da insulina – abuso de açúcar, jejum prolongado, diabetes e pré-diabetes.
. Doença de Menière (aumento da pressão dos líquidos do labirinto) – tontura durando mais de 20 minutos, com perda auditiva, sensação de ouvido tapado e zumbido. Essa doença facilita a ocorrência de VPPB.
. Otosclerose – doença na qual ocorre calcificação dos ossinhos do ouvido, por vezes de estende ao labirinto e provoca VPPB.
. Pacientes com enxaqueca têm mais chance de apresentar VPPB ao longo da vida.

Por isso, em casos de VPPB é importante investigar uma causa, principalmente se não for o primeiro episódio.

O diagnóstico de VPPB (vertigem posicional paroxísica benigna) não necessita de nenhum exame complementar. Ele é realizado durante o exame físico do paciente.

O diagnóstico é feito por meio de manobras, que são movimentos do corpo e cabeça do paciente, realizados pelo otorrinolaringologista.

Durante as manobras, os olhos do paciente devem ser observados pelo otorrinolaringologista, porque a função do labirinto é avaliada por meio dos movimentos dos olhos. Assim, o paciente deve permanecer de olhos abertos durante toda a manobra.

Nem toda tontura que ocorre com a mudança de posição da cabeça é VPPB (vertigem posicional paroxística benigna).

Alterações metabólicas, como aumento ou redução da glicose, alterações da insulina ou problemas com os hormônios da tireoide, podem levar à tontura nas mesmas situações que a VPPB.

A enxaqueca também pode levar à tontura em determinados movimentos e posições, mesmo quando não acompanhada por VPPB.

Esses são alguns exemplos de causas de tontura que podem ser confundidas com VPPB. A história que o paciente conta ao otorrinolaringologista, associada ao exame físico, incluindo as manobras, é que irão elucidar o diagnóstico.

A cinetose é aquele mal-estar, que pode ser acompanhado por náuseas, vômitos, sudorese intensa e tontura, induzidos por deslocamentos a bordo de um veículo (terrestre, marítimo, aéreo ou espacial).

As queixas também podem ocorrer com simulações de movimento, ou seja, é o mal dos movimentos reais ou aparentes.

Pode ocorrer por hipersensibilidade do labirinto, sem problemas de saúde associados, assim como acompanhar doenças do labirinto ou do sistema nervoso central e distúrbios psiquiátricos.

Pode afetar homens, mulheres e até crianças, principalmente entre 2 e 12 anos de idade. Essas últimas apresentam maior chance de desenvolverem enxaqueca na idade adulta.

O tratamento é baseado na prevenção com medicações ou não (reabilitação vestibular), pois nada funciona depois que a cinetose está instalada.

Percepção subjetiva de automovimento após a exposição a movimentos passivos, como os que ocorrem durante viagens em veículos terrestres, navios e aviões.

Em outras palavras, o paciente tem a sensação de movimento após o real movimento ter cessado.

As queixas são instabilidade e desequilíbrio, com percepção de sacudir e balançar, persistindo por mais de 3 dias até alguns anos.

Predomina nas mulheres entre 40 e 50 anos e não se sabe, ao certo, a causa do problema.

O tratamento tem opções limitadas, incluindo medicações, exercícios (reabilitação vestibular), neuromodulação e estimulação magnética transcraniana.

As pessoas com cinetose, além sentir enjoo ao andar de barco, avião e até em carro, geralmente passam mal também em brinquedos como roda-gigante, carrossel, montanha-russa, gira-gira, balanço e gangorra.

Essa doença pode afetar homens, mulheres e até crianças, principalmente as que têm entre 2 e 12 anos de idade, sendo as pessoas com enxaqueca as mais susceptíveis a desenvolver o problema.